Famílias autorizavam retirada de dependentes químicos das casas mas sem saber que local atendia de forma irregular e com procedimentos como o “canto do castigo” |
“O internamento sem o consentimento do paciente e sem laudo médico é proibido na legislação brasileira. Muitas famílias eram convidadas a saírem de casa enquanto os funcionários levavam os dependentes químicos para esta chácara que funcionava irregularmente. Isto é sequestro seguido de cárcere privado. O valor pago não era barato, pois as mensalidades giravam em torno de mil a dois mil reais, ainda mais quando se caracterizam procedimentos como o quarto do castigo, que era uma pequena sala fechada de seis metros quadrados, mencionada pelos colaboradores como espaço de desintoxicação”, relata o promotor do Ministério Público, Willian Lira de Souza, que determinou a abertura de inquérito civil para apurar se há vínculo do proprietário da área com o caso e qual a relação de trabalho dos funcionários.
“Não havia médico ou enfermeiros. Uma bomba levava água da piscina para a caixa de água. Dentro do chamado canto do castigo os internos urinavam em garrafas de refrigerante e quando precisavam evacuar tinham que pedir autorização. Também nos chamou a atenção a existência de uma lanchonete em que eles tinham uma conta para comprar lanches e cigarros”, acrescenta Willian de Souza,
A organização da ação em parceria com a Prefeitura foi necessária para que as pessoas fossem encaminhadas para as famílias ou locais adequados para receber atendimento. A reportagem do PautaSJP.com esteve hoje (17) de manhã no local mas não encontrou ninguém da falsa clínica para responder a acusação.
PautaSJP.com
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