domingo, 25 de setembro de 2011

Fim das touradas na Espanha

Enquanto ativistas conseguem a proibição das tradicionais touradas na Espanha (foto ao lado), no Brasil maus tratos continuam em Barretos.
Aconteceu em Barcelona, depois de manifesto de ativistas, o final das emblemáticas touradas. Realizado na Catalunha, nordeste da Espanha,  a Arena  Monumental teve seus ingressos esgotados, neste domingo dia 25,  no adeus à tradição do país na realização de touradas. No dia 1º de janeiro de 2012, entra em vigor a lei regional que proibe as touradas, já proibidas desde julho de 2010, após abaixo-assinado de ativistas dos direitos animais. Apesar de tradição milenar, e ter inspirado escritores e artistas como Goya, Hemingway e Picasso, a popularidade das touradas caiu nas últimas décadas. Sempre, lógicamente, pelos maus tratos aos animais. Aqui no Brasil, a questão envolveu o sacrifício de um touro, durante competição em Barretos, cidade tradicional pela realização de rodeios. Foi durante a 56ª Festa de Peão de Boiadeiro de Barretos, quando, na prova de bulldog (imobilização de bezerros), o buldogeiro Cesar Brosco, ao derrubar o animal, fraturou a coluna cervical do bezerro. O animal foi sacrificado e, levanta a discussão sobre a promoção de eventos envolvendo animais. Lei federal, sancionada em fevereiro de 1998, proibe "praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais, silvestres , domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos".  A aprovação desta norma, visa acabar com maus tratos de animais, mas, camuflado como cultura popular, "festa" como a Farra do Boi em Santa Catarina, resultam em verdadeiras barbáries contra seres inofensivos. Nesta "festa" os maus tratos começam antes mesmo das competições, quando o animal é preso por vários dias, sem água ou comida, apesar do alimento ficar à vista do animal, o que aumenta sua sede e fome. Este processo faz parte do ritual, para que o animal possa ficar ainda mais agressivo, para aumentar seu desespero. A festa começa quando o boi é solto pelas ruas e é perseguido. Mau tratado com pedaços de pau, bambu, lanças, cordas, chicotes. A saída do animal é o mar, onde acaba morrendo afogado. O maior "cuidado" com o animal é para que ele permaneça vivo até o fim da competição. A partir daí ele poderá ser morto, para se comemorar o evento. O incrível de toda esta questão, é que "seres humanos" praticam e promovem todas estas festas, sempre incentivados por grandes multidões que apoiam e prestigiam estas competições.

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